segunda-feira, 5 de abril de 2010

Buchecha afirma que vai continuar a compor e a cantar

Ele falou sobre a morte do pai, assassinado há poucos dias.

conversou com um ídolo popular: o cantor Buchecha, que enfrenta um drama. Claudinho, que fazia dupla com ele, morreu em 2002. E, há poucos dias, o pai do Buchecha foi assassinado.

Veja a entrevista completa com o cantor e compositor Buchecha

fofoquinhas diarias conversou sobre tudo isso com ele. Buchecha contou que ele o pai eram parceiros e até cantou a última música que fizeram juntos: uma canção sobre saudade.

“Na verdade, na verdade, a ficha não caiu até hoje. Quando eu recebi a notícia de que meu pai tinha falecido, eu pensei que ele tinha sofrido um infarto”, conta Buchecha.

Buchecha tinha acabado de voltar para o Rio depois de uma série de shows do lançamento do novo sucesso, a música "Romântico", quando soube da morte do pai. “O velho não merecia isso. Era um homem de bem, um homem bom, uma pessoa pacata”, lamenta o cantor.

Claudino de Souza Filho foi morto em um bar por causa de um cigarro. Depois de discutir com um amigo, ele saiu para comprar um maço em um posto de gasolina. Quando voltou, o amigo, Flávio Figueiredo, achou que o pai de Buchecha estava armado e disparou quatro vezes. O assassino confessou o crime e está preso.

“Não sou uma pessoa de guardar rancor, mas eu quero que a justiça seja feita. Quero que ele pegue a pena máxima, o que rege a lei”, afirma Buchecha.

fofoquinhas diarias- Talvez o grande público desconheça que seu pai era bem mais que seu pai. Você perdeu também um grande parceiro musical.
Buchecha - Eu perdi um grande amigo, um grande parceiro. A gente fazia músicas. Ele gostava de dançar, então, inventava as coreografias das nossas músicas.

fofoquinhas diarias– Além das músicas, seu pai também inventava as danças?
Buchecha – Também. Ele era uma pessoa muito alegre. Eu falava que meu pai era meu “velho herói”. E eu acho que ele também me via como o pequeno heroizinho dele. Eu via nos olhos dele. Ele ficava contando lá onde ele morava: “Eu sou o pai do Buchecha, eu sou o pai do Buchecha.”

Em uma entrevista inédita, gravada em 2008 para o programa “Por toda a minha vida”, Claudino falou do carinho pelo filho: “Botaram o apelido dele de Buchecha e aí um colega nosso, o ‘Zé Banana’, aquele safado (risos), sempre que ele me via falava: ‘É Buchecha e Buchechão! Chegou o Buchechão, chegou o Buchechão!’”

fofoquinhas diarias- A última vez que vocês se viram, vocês estavam compondo uma música?
Buchecha - Exatamente. Ele estava com dificuldade de fazer uma música, que já estava na cabeça dele há um tempão, e cantou um pedacinho para mim. Falei: “Vamos terminar, porque a música é muito bonita.” A música está aí. Eu ainda não tirei no violão, mas está na minha mente, porque a música tem uma frase muito forte, que inclusive parece um prenúncio, um recado. A música diz: “Se eu não tenho o teu sorriso, a vida perde o valor. É de você que eu preciso, para viver um grande amor. A saudade me maltrata e aumenta o meu sofrer. Ou a solidão me mata, ou eu morro por você.” É isso, de repente...

fofoquinhas diarias- Isso adquire outro significado. Ele estava fazendo uma canção de amor. Obviamente que ele estava fazendo. Mas você encara como uma despedida?
Buchecha – É. (Buchecha fica emocionado)

fofoquinhas diarias- Quando você fala dessa parceria que você fez com o seu pai, a última parceria que você fez, parecia um recado. Quando você perdeu o Claudinho, também tinha outra.
Buchecha - Pois é, já parecia uma coisa de premonição, porque fala de Buchecha sem Claudinho. E veio a acontecer, logo em seguida, a perda dele.

Claudinho, parceiro de Buchecha, morreu em um acidente de carro, quando viajava para o interior de São Paulo, em julho de 2002.

Buchecha - Não vou mais fazer música triste, de perda, de saudade, porque parece que eu faço, algo assim acontece. Eu não quero ficar muito apegado a isso, a esse dogma, esse estigma, mas é difícil de não pensar. Acho que eu tenho que fazer músicas de conquista, como “Só love, só Love”, coisa alegre, para cima, que, de certa forma, me ajude a fazer um voo mais alto.

fofoquinhas diarias- Que sempre te trouxe muita coisa boa também..
Buchecha -
Com certeza. É inegável.

fofoquinhas diarias- Você não vai parar?
Buchecha - Não vou parar, de jeito nenhum.

fofoquinhas diarias– Não para não, porque eu tenho certeza que ninguém quer que você pare. E vá em frente.
Buchecha
– Obrigado. Eu preciso seguir em frente. Acho que se eu parar, eu morro. Preciso seguir em frente. Eu preciso fazer o que eu gosto de fazer, o que eu amo, na verdade, fazer. E o que eu fui escolhido para fazer. Essa foi a minha missão.

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