quarta-feira, 31 de março de 2010

Vereadores de Londrina podem proibir venda de pulseiras de silicone

Esse é um assunto polêmico porque o uso dessas pulseirinhas sugere uma brincadeira sexual. Vote na nossa enquete se você é a favor ou contra a proibição.

Marcelo Rocha - Londrina, PR

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A suspeita de que uma menor tenha sido estuprada por causa disso fez com que os vereadores de Londrina elaborassem um projeto de lei que pode proibir a venda das pulseiras na cidade.

Coloridas, elas estão no braço de quase todos eles, meninos e meninas. Mas a mania colorida importada da Europa esconde outros significados. É um jogo e pelas regras, quem romper a pulseira do colega passa a ter direito a um beijo, um abraço, uma carícia e a sexo. Tudo depende da cor.

Em Londrina, a brincadeira virou caso de polícia depois que uma menina, de 13 anos, foi violentada por quatro jovens.

“A pulseira foi arrebentada, segundo a vítima, por eles e aí começaram ‘ah vai ter que pagar’. Em que pese eles não tenham se utilizado de armas para ameaçá-la, ela disse que se sentiu constrangida e acabou acompanhando os rapazes até a casa de um deles”, esclarece William Soares, delegado.

A repercussão do caso provocou reações na cidade, que já pensa em proibir a venda das pulseiras para evitar novos problemas envolvendo os adolescentes.

Os vereadores querem que a proibição vire lei. O assunto já foi discutido na Câmara. Alguns colégios da cidade já barraram o acessório. Em um, onde estudam 500 alunos, o diretor tomou a decisão a pedido de uma mãe.

"Essas crianças, elas voltam para casa ou vem para escola sozinhas. A nossa preocupação é que no meio do caminho alguém possa mexer com nossos adolescentes”, diz Adão Nunes, diretor.

A Promotora da Infância e da Juventude recomenda aos diretores que reforcem as orientações. “As crianças estão entrando neste jogo, que é um jogo sexual, sem ter noção das consequências”, fala Edna de Paula.

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